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Espiritismo, no Brasil, é reduzido a uma religião de louvor

O igrejismo com que foi tratado o Espiritismo, no Brasil, é muito mais grave do que se imagina e muito mais danoso do que se pode parecer. A catolicização, defendida sob o pretexto de que o Brasil expressa as tradições da religiosidade cristã, impossibilitou a compreensão correta da temática espírita, substituída por valores místicos e uma suposta fraternidade igrejeira que em nada resolve os conflitos humanos existentes. Tudo virou uma religião de mero louvor. Apesar das bajulações a Allan Kardec e da interpretação errada de suas ideias, seus ensinamentos nem de longe são sequer cumpridos e só eventualmente eles servem apenas para serem expostos de maneira distorcida e tendenciosa, de forma a temperar a vaidade explícita mas nunca assumida dos palestrantes e "médiuns". A adoração a Francisco Cândido Xavier, um sujeito de sórdida trajetória - ele se ascendeu às custas de pastiches literários lançados para provocar sensacionalismo - mas depois promovido a um semi-deus e
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Espiritismo, no Brasil, virou mero igrejismo

Tomando por base traduções deturpadas de Allan Kardec, nas quais se pode colocar o Codificador combatendo as suas ideias, os mistificadores do "espiritismo à brasileira" adotam um discurso raivoso, sempre desqualificando seus contestadores e evitando que a Lógica e a Razão sejam mantidos em sua integridade. Sob a desculpa de que "sem religião é impossível haver Espiritismo", esses mistificadores que transformaram o legado kardeciano num sub-Catolicismo, extremamente cafajeste nas suas concessões religiosas, claramente medievais, mas travestidas de "cientificismo equilibrado", tentam justificar a "vaticanização do Espiritismo" da seguinte forma: 1) Atribuem os vícios da "vaticanização" apenas a pregadores "espíritas" menores, de forma a criar uma peneira de escritores "espíritas" para evitar que novos autores ameaçassem as vendas dos medalhões. Dessa maneira, acusam-se os emergentes que atuam à margem dos medalh

Fora do Espiritismo não há salvação?

Uma das polêmicas questões que os "espíritas" brasileiros veem de maneira confusa é a de se não há salvação fora do Espiritismo. Evidentemente, Allan Kardec disse que sim, na hipótese de haver algo na Doutrina Espírita que entrasse em conflito com a Lógica e a Razão. Ele mesmo disse que, se houver algo errado nos ensinamentos espíritas cujo equívoco pode ser comprovado pela Ciência, que seja preferível ficar com esta última. E é justamente isso que os "espíritas" brasileiros se recusam, até com certa agressividade, a fazê-lo. A declaração de Kardec até foi parodiada pelo "médium" Francisco Cândido Xavier, em mensagem creditada a Emmanuel. Mas isso é uma declaração dotada da mais profunda hipocrisia, uma vez que o "espiritismo" brasileiro sempre combateu a Ciência, quando ela investe num senso crítico e investigativo mais apurado e que pusesse em risco os dogmas da "fé espírita". Chico Xavier até disse, certa vez, que ficaria inc

Supermacia da Fé desmascara Espiritismo feito no Brasil

É muito grave a divergência entre o Espiritismo original e o que se faz sobre seu nome no Brasil. A forma como são vistas a Fé e a Razão cria um sério conflito no qual não se pode mascarar com falácias como as que são pronunciadas pelo "espiritismo" brasileiro. De um lado, temos Allan Kardec enfatizando que nada pode ser examinado sem o critério da razão. Ele é sempre claro no fato de que, se alguma coisa escapa do critério da lógica e da razão, ela perde a validade e o sentido. O rigor da razão sempre foi o princípio do pensamento kardeciano, com base na ideia de que os seres humanos são dotados da capacidade de raciocinar, daí a liberdade do senso crítico. O contrário se observa nas ideias de Francisco Cândido Xavier. Contrário ao pensamento kardeciano, Chico Xavier defendia não o rigor da lógica e da razão, mas antes uma maior cautela e um limite em relação ao pensamento crítico, atribuindo os avanços do senso crítico ao suposto "tóxico do intelectualismo",

A pior divergência sob o rótulo do Espiritismo

ALHOS COM BUGALHOS, JOIO COM O TRIGO - É fácil misturar Allan Kardec com os deturpadores. No Brasil em que se recebe fake news  com uma comodidade ímpar, é fácil misturar o joio com o trigo, os alhos com bugalhos (não, não estamos falando do excelente youtuber  Henry Bugalho). É fácil fazer montagens de fotos misturando Allan Kardec e Jesus de Nazaré com imagens dos deturpadores da Doutrina Espírita e até alguns "espíritos" fictícios. Devemos chamar a atenção, portanto, da diferença entre Emmanuel e Joana de Angelis pois, se o espírito do jesuíta mostra indícios de ter sido evocado por Francisco Cândido Xavier, o mesmo, todavia, não ocorreu com Joana de Angelis, porque ela não foi Joana Angélica, mas antes um pseudônimo do obsessor de Divaldo Franco, o "Máscara de Ferro". Explicaremos isso mais tarde. O que vamos considerar, aqui, é a pior divergência que o chamado "espiritismo à brasileira" tem em relação ao Espiritismo francês e que derruba de vez

Onda dos "médiuns que erram" vai contra os ensinamentos de Allan Kardec

A onda dos "médiuns que erram" é uma falácia que leva ao exagero uma passagem de O Livro dos Médiuns , a respeito da ideia dos "médiuns imperfeitos" que a obra de Allan Kardec alertou, mas que é usada de maneira leviana pelos brasileiros que dizem apreciar o Espiritismo. Segue então o que foi dito no Capítulo 20 - Influência Moral dos Médiuns, itens 9 e 10: 9. Qual seria o médium que poderíamos considerar perfeito? — Perfeito? É pena, mas bem sabes que não há perfeição sobre a Terra. Se não fosse assim, não estarias nela. Digamos antes bom médium, e já é muito, pois são raros. O médium perfeito seria aquele que os maus Espíritos jamais ousassem fazer uma tentativa de enganar. O melhor é o que, simpatizando com os bons Espíritos, tem sido enganado menos vezes. 10. Se ele simpatiza apenas com os bons Espíritos, como estes permitem que seja enganado?  — Os Espíritos bons permitem que os melhores médiuns sejam às vezes enganados, para que exercitem o seu j

Cuidado com certos críticos da deturpação do Espiritismo

ALAMAR RÉGIS CARVALHO E DIVALDO FRANCO SÃO EXEMPLOS DE PRETENSOS DEFENSORES DA FIDELIDADE DOUTRINÁRIA ESPÍRITA. Devemos tomar muito cuidado não só com os falsos cristos e falsos profetas, pois há também os falsos erastos a fazer, de maneira tendenciosa, críticas à deturpação do Espiritismo, se passando por lobos em pele de cordeiro que fingem defender o rebanho ovino. Há muitos deturpadores do Espiritismo que chegam com esse discurso, o de "combater a mistificação" e "pregar a fidelidade doutrinária". Muitos oradores habilidosos, muitos articulistas de linguagem pretensamente simples e popular, todos eles fazendo falsos alertas sobre os "constantinos" e "torquemadas" que "se escondem na seara espírita" (sem perceberem, usam o termo "seara", um jargão próprio dos deturpadores doutrinários) para transformar a doutrina num "novo Vaticano". Quantos críticos de mentirinha surgem, uns tão grosseiramente definindo a