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Mostrando postagens de maio, 2019

A moda dos "médiuns que erram" e seu calote moral

Há um estranho modismo que é quando os "espíritas" alardeiam que os "médiuns" são "pessoas imperfeitas", são "endividados" e "erram muito na vida". O alarde ainda vem acompanhado de alegações do tipo "eles não são salvadores da pátria", "eles nunca foram santos" etc. Além desse alarde todo soar muito estranho, pela frequência com que é usado e com o estardalhaço de suas declarações, ele revela algo bastante leviano: a suposta admissão dos erros como meio de fugir das responsabilidades que essas mesmas ações erradas exigem. É uma espécie de carteirada por baixo. Usa-se a ideia da banalização do erro, a partir da premissa de que "todo mundo erra". Se "todo mundo erra" e o "médium também erra", então o erro, de tão banalizado, não mereceria, em tese, uma punição. É a ideia do calote moral, que é a de não querer ser punido por erros, quando estes são muito mais graves. Os brasileiro

Nem os espíritas autênticos deram ouvidos a Erasto

Infelizmente, o legado do Espiritismo original está todo dominado pelos deturpadores, que com seu igrejismo medieval, manipulam de forma tendenciosa as ideias de Allan Kardec, reinterpretando-as de maneira leviana, distorcida, mas falsamente "equilibrada" e pretensamente "positiva". Esse domínio é preocupante, e o chamado "movimento espírita" se empenhou para desnortear a Doutrina Espírita original a ponto dela ser, hoje, uma repaginação do Catolicismo medieval, investindo num processo perigoso de desenvolvimento do projeto "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", que é a combinação das restaurações do Catolicismo da Idade Média com o Império Romano (ou, ao menos, o Império Bizantino, antigo Império Romano do Oriente). Não nos iludamos com as promessas de uma "conduta fraterna" e de "compreensão misericordiosa e tolerante" da tal "pátria do Evangelho". Quando surgiu o Catolicismo, o seu fundador, o impe

Sobre a traição de Judas e sobre a traição dos "espíritas" brasileiros

Mais grave do que errar uma vez e sem querer, é errar muitas vezes e de propósito. O que se conhece como Espiritismo, no Brasil, é uma religião traiçoeira, que junta uma perspectiva do sofrimento humano sob os olhos de Pôncio Pilatos e uma fidelidade doutrinária pior do que a de Judas Iscariotes. Sobre este, devemos lembrar do caso do beijo de Judas, o "beijo da morte" do imaginário cristão. Judas beijando Jesus, jurando fidelidade, e, depois, ele era obrigado a denunciá-lo como uma figura perigosa para as autoridades do Império Romano e, num âmbito mais específico, para as autoridades religiosas da Judeia, como os escribas, espécie de sacerdotes movidos pela extravagância e falsa humildade. Judas traiu Jesus uma única vez, assim como o pescador Pedro (hoje o São Pedro dos católicos) deu falso testemunho do seu mestre, três vezes. Mas o "movimento espírita", tão orgulhoso de sua pretensa fidelidade a Allan Kardec, bajulando o seu nome na temporada em que

Fala-se mal de crianças cultuando princesas. E os adultos cultuando "médiuns"?

Os adultos são muito mais dissimulados do que as crianças. Como se estivessem com razão das coisas, ralham a criançada porque as meninas estão gostando das princesas da Disney e vendo televisão para cultuar, como "divindades", personagens de desenho animado e ícones musicais de gosto duvidoso, como vemos hoje com o grupo sul-coreano BTS. Uns até falam das famílias que orientam mal as suas crianças, os seus meninos gostando de super-heróis da Marvel, as suas meninas cultuando princesas da Disney. Falam que falta uma educação digna, que os pais estão preocupados com o sucesso profissional e financeiro, esquecem de dar uma formação social digna para seus filhos e os deixam à sorte do que a mídia difunde para estes. No Brasil, porém, algo tão grave quanto adorar super-heróis e princesas é o que se vê quando pessoas, sendo ou não "espíritas" - adeptos de um suposto kardecismo que não consegue esconder suas raízes roustanguistas - , ficam adorando o "médium&quo

Publicação faz síntese realista sobre o que é mesmo a "psicografia" de Chico Xavier

O Frei Boaventura, no caderno 4 da série Vozes em Defesa da Fé , da Editora Vozes, publicada em 1960, traz uma síntese muito realista da duvidosa "psicografia" de Francisco Cândido Xavier, pelo menos aquela que evocava grandes nomes da literatura, em supostas mensagens espirituais. O resumo é contundentemente realista, verídico, e tira todas as dúvidas quanto à ausência de veracidade nas supostas psicografias, porque elas apresentam irregularidades, surpreendentemente fartas em provas, quanto aos aspectos pessoais dos autores mortos. Em muitas dessas obras, o que se observa, na verdade, é não mais do que o pensamento pessoal de Chico Xavier, explicitamente manifesto sob nomes alheios, para tornar suas opiniões, de um moralismo ultraconservador gritante, "mais universais". Apesar de ser uma publicação católica e, portanto, escrita por alguém dessa religião, não se pode de maneira alguma demonizar essa obra, como os "espíritas" fazem, pois isso é dem

Por que os brasileiros têm medo de verificar a deturpação do Espiritismo?

CRIANÇAS, JARDINS FLORIDOS, DIA DE SOL - OS APELOS SENTIMENTAIS QUE O "ESPIRITISMO" USA PARA ATRAIR PÚBLICO. No cenário político confuso em que vivemos, os brasileiros precisam verificar os seus valores e crenças, porque tudo o que parecia fazer sentido há 40 anos não faz mais sentido agora. E, no caso do "espiritismo à brasileira", isso se torna bastante preocupante. Afinal, as pessoas não sabem que o Espiritismo no Brasil é desfigurado, e de forma tão grave e traiçoeira que o que entendemos como "Doutrina Espírita" não passa de uma versão repaginada do Catolicismo medieval que prevaleceu no país durante o período colonial. A desinformação é generalizada, mas o pior nem é isso. É o medo do esclarecimento diante de fatos desagradáveis. Ver que há uma traição em relação aos postulados espíritas originais é chocante, mas é bem mais chocante é que as pessoas que ignoram isso não querem saber. Todos parecem apegados a ilusões das quais imaginam serem o

Filme Kardec não esclarece problemas da Doutrina Espírita e só piora as coisas

CENA DE KARDEC - O FILME. Allan Kardec virou refém dos deturpadores brasileiros. Essa triste constatação não é noticiada em lugar algum, a não ser nos pequenos círculos genuinamente espíritas, que como Cassandra de Troia, não conseguem ser ouvidos em suas denúncias. Ninguém investiga, ninguém questiona. O que se conhece como Espiritismo é uma grande farsa, porque foi uma religião surgida com base no Roustanguismo. De que adianta falar que o Espiritismo, no Brasil, aprendeu depois a correta teoria de Allan Kardec - se bem que isso nunca se observou na prática - , se o legado roustanguista de uma forma ou de outra se efetivou, por mais que o sobrenome de J. B. Roustaing, quando mencionado pelos "espíritas" brasileiros, soa como um palavrão? Evidentemente, quando Francisco Cândido Xavier adaptou o Roustanguismo para a realidade brasileira, numa revisão e ampliação do pensamento do advogado de Bordéus, a deturpação do Espiritismo se consolidou e as promessas de "recup

A deturpação do Espiritismo não se resolve com os deturpadores recuperando bases doutrinárias

DIVALDO FRANCO E CHICO XAVIER PROMETERAM RECUPERAR O ESPIRITISMO ORIGINAL, MAS SE TORNARAM AINDA MAIS IGREJISTAS. A deturpação do Espiritismo não pode ser resolvida com os próprios deturpadores recuperando as bases doutrinárias. A solução da "raposa reconstruindo o galinheiro" é, em tese, muito fácil e bastante louvável, mas ela não traz vantagens e pode fazer com que os danos anteriores não fossem corretamente reparados. Com a crise do roustanguismo no "movimento espírita" brasileiro, investiu-se numa solução que, à primeira vista, foi conciliadora e, portanto, aparentemente mais viável, mais vantajosa e baseada em princípios bonitos de perdão e fraternidade. A "solução" de pedir aos deturpadores do Espiritismo recuperarem as bases doutrinárias, sob o pretexto de que eles, sobretudo os "médiuns" Divaldo Franco e Francisco Cândido Xavier, "erraram, mas aprenderam", parecia boa. Supostamente foram expressos remorsos, pedidos de de

Espiritismo, como é feito no Brasil, é a religião mais desonesta do país

Apesar de sua fachada modesta, despretensiosa e supostamente esclarecedora, o "espiritismo" brasileiro é a religião mais desonesta do Brasil. Ela se fundamenta nas traições igrejistas cometidas contra o pioneiro Allan Kardec, ao mesmo tempo em que finge seguir a mais absoluta fidelidade aos seus ensinamentos. A religião "espírita" brasileira é uma grande teia de dissimulações, um intrincado jogo de aparências que encontra no nosso país um terreno fértil, onde pessoas desinformadas ou precariamente informadas se tornam receptivas a embustes como este, de forma bastante confusa. Há muita confusão na compreensão sobre o que realmente foi a Doutrina dos Espíritos original. A sorte é que há uma retórica bastante organizada que dá a falsa impressão de que a deturpação do Espiritismo é um processo saudável de adequação às tradições da religiosidade brasileira. Mas, em verdade, não é assim que a realidade se apresenta. Através dos desvios doutrinários cometidos desd

Triunfalismo e a ilusão de se achar "todo-poderoso"

É muito comum os "espíritas", diante das inúmeras críticas recebidas, reagirem com vitimismo. Alegam sofrerem "inquisição", "perseguição por pessoas feitas bestas-feras" e até adotam um discurso masoquista, do tipo "podem me derrotar, me massacrar até; mas os pobres, meus 'filhinhos', ficarão sem o pão". Fazem todo um teatro para combinar vitimismo e triunfalismo. Como falsos cristos, eles adotam essa postura para levarem a melhor. Exageram nas críticas recebidas para forjar um jogo de cena, na qual a dramatização tenta provocar a comoção pública, induzida a levar como "vitoriosos" os derrotados pela lógica, pelo bom senso e pelo desejo de Justiça, diante desse pretenso Espiritismo que no Brasil nunca passou de uma versão Botox do Catolicismo da Idade Média. Francisco Cândido Xavier abriu precedente. Ele mesmo foi um manipulador exímio de corações e menes humanos, um terrível deturpador que, num país sério, seria visto, se

Tenhamos cautela com o suposto maniqueísmo entre católicos e "espiritas"

CENA DE KARDEC - O FILME , QUE APOSTA NO MANIQUEÍSMO ENTRE CATÓLICOS E ESPÍRITAS PARA FORJAR "AUTENTICIDADE" NO DETURPADO ESPIRITISMO BRASILEIRO. É necessário ter muita cautela quando o "espiritismo" brasileiro fala de episódios sobre desavenças entre sua doutrina e o Catolicismo. É muito comum haver tais abordagens que tentam dar a falsa impressão de que a doutrina igrejeira honra o Espiritismo original, forjando pretensa fidelidade doutrinária. Espiritismo, da forma que se faz no Brasil, é catolicizado. Primeiro, por questões de sobrevivência, buscando se aproximar da Igreja Católica para evitar as batidas policiais que reprimiam os "centros espíritas" no passado. Segundo, por opção própria, através da influência de Francisco Cândido Xavier, que traduziu o pensamento de J. B. Roustaing para o contexto brasileiro. Muitos não percebem isso porque o hábito católico se tornou tão "fora da religião" e isso se deve pelo fato dos brasileiros mé

Com Espiritismo, brasileiros levam gato por lebre, sem saber

Nunca o Roustanguismo foi tão bem sucedido quanto no Brasil. O nome de Jean-Baptiste Roustaing, ou J. B. Roustaing, cujo sobrenome é considerado um palavrão por uma parcela do "movimento espírita", é desconhecido do grande público, mas seu legado foi dissolvido como açúcar em comida salgada e muitos acreditam que um roustanguismo repaginado é "espiritismo de verdade". Como o Roustanguismo teve no Brasil seu terreno mais fértil? Porque o igrejismo roustanguiano, apesar de oficialmente renegado na retórica "espírita", foi inteiramente seguido, descontado apenas alguns pontos incômodos, como os "criptógamos carnudos" (reencarnação humana em forma de animais, plantas ou vermes) e o "Jesus fluídico" (tese de que Jesus de Nazaré nunca passou de um fantasma "materializado")? Os brasileiros não gostam de serem informados de que o Espiritismo que aqui existe é deturpado e comete desvios doutrinários em relação à doutrina francesa

Quando a esmola é demais, o santo desconfia

Num "centro espírita", uma palestrante fica muito exaltada quando vê a contabilidade e nota que sua instituição recebeu uma considerável quantidade de doações em mantimentos e outros objetos, além da grana dos carnês e de outros donativos financeiros atingir a meta esperada. "Vejam só! O pão dos pobrezinhos, a casa dos desabrigados e o remédio dos doentes está garantida! Graças a Deus! Vocês contribuíram para essa caridade e é uma ótima notícia que nós damos aqui no nosso centro! Deus os abençoe! Que Cristo Jesus lhes ilumine!", diz a senhora, em tom dramático e aparentemente comovida. Enquanto isso, nos bastidores do "espiritismo", um palestrante é perguntado por um interlocutor qualquer se é intenção daquele em alcançar o Céu, com seus livros e palestras que mostram os chamados "ensinamentos cristãos". Diz então o palestrante "espírita": - Meu amigo, pouco me importa alcançar o Céu, agora. Quando me disseram que eu teria muito