Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2019

Como Chico Xavier dominou o Brasil com o perigoso recurso do "bombardeio de amor"

Ainda vamos investigar, com coragem, as artimanhas do grande ilusionista e manipulador de corações e mentes humanos que Chico Xavier, mesmo postumamente, exerce sobre os brasileiros. A sua figura pitoresca e bastante perigosa tornou-se uma pretensa unanimidade como um deturpador do Espiritismo e um reacionário contumaz que se impôs acima das ideologias e crenças. Se observarmos bem, a trajetória do sujeito conhecido formalmente como Francisco Cândido Xavier tem mais a ver com um espetáculo de ilusionismo, combinado a uma biografia tipicamente surreal. Ele nunca seria o sujeito que haveria de ser endeusado nem adorado, mas exerceu um poder descomunal que fez muitos brasileiros serem escravos de sua imagem mística, extremamente traiçoeira como um canto-de-sereia narrado na Odisseia de Homero. Sabe-se que Chico Xavier catolicizou o Espiritismo, desviando do rigor lógico da doutrina francesa. O tempero "católico" que o que conhecemos aqui como "espiritismo" receb

"Isentões espíritas" nada contribuem ao debate do Espiritismo

Os "debates" forjados pelos chamados "isentões do Espiritismo" parecem, à primeira vista, contribuir para o enriquecimento das discussões em torno dos desvios cometidos pela Doutrina Espírita no Brasil. Em tese, a roupagem de objetividade e imparcialidade traz essa impressão, o que, pensando bem, soa bastante enganosa. Afinal, os "isentões espíritas" não querem discutir. Eles puxam o tapete do debate e procuram abafar as discussões. Eles procuram deixar tudo como está e permitir que a deturpação continue, ainda que sob certas concessões, como, por exemplo, evitar a propaganda abertamente divinizatória aos "médiuns" a partir de Francisco Cândido Xavier. Os "isentões espíritas" mostram seu lado equivocado e mostram que não estão aí para o debate do Espiritismo por um motivo bastante evidente: eles não estão necessariamente preocupados com o respeito rigoroso aos postulados originais do Espiritismo francês. Muito pelo contrário, em

A ameaça dos "isentões espíritas"

Uma grande ameaça que tem nos debates em torno da deturpação do Espiritismo é a ação de patrulheiros diversos chamados de "isentões espíritas". São pessoas que se dizem "equilibradas", "imparciais" e "objetivas", adotam o verniz da "racionalidade" e da "moderação", e se manifestam incomodados quando as contestações ao "espiritismo" brasileiro começam a se ampliar. Quando essas contestações pesam muito nas irregularidades dos "médiuns", como Francisco Cândido Xavier e Divaldo Franco, entre outros, soa o alarme e os patrulheiros vêm com uma força tarefa, geralmente com mensagens publicadas em fóruns digitais na Internet ou em textos publicados em blogs. Eles se dizem "ponderados", mas sabemos que isso é uma grande falácia, porque eles não seguem o rigor da lógica e do bom senso da obra de Allan Kardec. Em vez disso, costumam defender, como "espiritismo legítimo", um "meio-termo&q

Mercado literário é refém dos "espíritas"

Por que o mercado literário, no Brasil, é decadente? Por que os brasileiros não costumam ter um hábito regular e proveitoso de leitura? É porque no nosso país a tradição conservadora prima pelo anti-intelectualismo e nossa "cultura" sempre exige uma literatura mais analgésica e anestésica, feita para mero entretenimento e que serve de fusca, e não de busca, do Conhecimento, a não ser para fins meramente pragmáticos como concursos públicos, por exemplo. O "espiritismo" brasileiro é uma religião de pedantes intelectuais. Desde seus primórdios, seus integrantes agiam como se fossem arremedos da Academia Brasileira de Letras, e isso se deixava claro até nas fotos de vários de seus dirigentes reunidos e nas pompas que eles realizaram nas suas cerimônias de lançamentos de livros, coquetéis, seminários etc. Talvez isso possa explicar que Francisco Cândido Xavier tornou-se uma figura exata para usurpar o prestígio da ABL diante de uma classe de literatos frustrados qu

Por que é fácil pregadores "espíritas" acusarem os outros?

O "espiritismo" brasileiro, como religião neo-medieval - apesar de seu aparato "roubado" do Espiritismo francês - , se fundamenta mais na Teologia do Sofrimento do que pelos próprios ensinamentos espíritas originais. Por isso, seus pregadores agem demonstrando completa insensibilidade com as angústias alheias, em muitos casos dando acusações infundadas às vítimas, que são quase sempre tidas como "culpadas" pelos infortúnios que sofrem. Esse moralismo retrógrado trazido pelos pregadores "espíritas" - entre os ditos "médiuns" e os pregadores "comuns" - chega ao cinismo de apostar na tese do "combate ao inimigo de si mesmo", uma ideia nefasta e medieval que entra em contradição com a própria reprovação do "espiritismo" ao suicídio, pois a tese do "inimigo de si mesmo" é uma incitação ao suicídio, sob o ponto de vista de quem está desesperado na vida. É muito fácil os pregadores "espírita

Espiritismo, no Brasil, é repaginação do Catolicismo medieval

O VERDADEIRO EMMANUEL. Diferente do que ocorreu no Espiritismo original, codificado na França por Hippolyte Leon Denizard Rivail, o Allan Kardec, o que se conhece como "espiritismo" aqui não olhou para a frente, impulsionado pelos ventos do Iluminismo, mas olhou para trás, buscando repaginar e reciclar as heranças religiosas do Catolicismo jesuíta que prevaleceu no Brasil colonial e que possuiu bases medievais. Essas bases medievais vinham de Portugal, que em plena época moderna ainda fazia inquisições e queimadas em praça pública. Praticamente o medievalismo português foi eliminado pela natureza, pois em 1755 um violento terremoto seguido de intenso maremoto causaram estragos incontáveis no país europeu, causando milhares de mortes e destruindo prédios e casas além de fazer perder, para sempre, documentos preciosos, como os relatos das viagens do navegador Vasco da Gama. Foi depois desse trágico incidente é que o primeiro-ministro português, Sebastião José de Carvalho

Por que tanto medo em questionar Chico Xavier?

CHICO XAVIER, SEGUNDO SEUS SEGUIDORES E SIMPATIZANTES. Recentemente, os textos que questionam as irregularidades na trajetória de Francisco Cândido Xavier estão entre os menos lidos na Internet. Pessoas boicotam os textos só de ver os títulos, e correm chorando para sua sessão de rezadeira para se manter na fantasiosa adoração ao "médium", costume que boa parte dos brasileiros têm há pelo menos 40 anos. Foi aí que foi construída a imagem adocicada do "médium", supostamente associado a virtudes como filantropia, amor, paz, altruísmo, humildade e simplicidade. Foi um discurso tão construído, tão cheio de pontos agradáveis, que Chico Xavier tornou-se um dos poucos brasileiros cuja biografia precisa se manter no reino da fantasia, para deixar as pessoas dormirem tranquilas. É a típica conversa para boi dormir. Ou melhor, um conto de fadas para gente grande, um reservatório de ilusão na qual usa-se o pretexto do fato de que a humanidade da Terra anda tão sórdida q

Espiritismo, no Brasil, é deturpado e você não sabe (nem quer saber)

CHICO XAVIER CATOLICIZOU O ESPIRITISMO E O MOLDOU EM BASES MEDIEVAIS. O brasileiro médio não sabe, mas o que se conhece como Espiritismo, no Brasil, é deturpado. As lições originais trazidas pela obra do pedagogo francês Allan Kardec foram desfiguradas pela "catolicização", aproveitando a herança do Catolicismo jesuíta que prevaleceu no Brasil-colônia e que tinha um conteúdo abertamente medieval. Sabemos que dói muito aos brasileiros falar em deturpação do Espiritismo. A esfera com que se mostra o "nosso espiritismo" faz com que as pessoas estejam envoltas em apelos emotivos muito fortes, em catarses e êxtases místicos tão intensos que deixam as pessoas num grande transe que lhes causa deleite, conforto e acomodação. Tirar as pessoas dessa ilusão é muitíssimo difícil. Os artifícios diversos que o "espiritismo" brasileiro fez para moldar a religião conforme as circunstâncias lhes deixou à mercê de muitas desonestidades, traições, mistificações, menti