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Mostrando postagens de junho, 2019

Espiritismo, no Brasil, é reduzido a uma religião de louvor

O igrejismo com que foi tratado o Espiritismo, no Brasil, é muito mais grave do que se imagina e muito mais danoso do que se pode parecer. A catolicização, defendida sob o pretexto de que o Brasil expressa as tradições da religiosidade cristã, impossibilitou a compreensão correta da temática espírita, substituída por valores místicos e uma suposta fraternidade igrejeira que em nada resolve os conflitos humanos existentes. Tudo virou uma religião de mero louvor. Apesar das bajulações a Allan Kardec e da interpretação errada de suas ideias, seus ensinamentos nem de longe são sequer cumpridos e só eventualmente eles servem apenas para serem expostos de maneira distorcida e tendenciosa, de forma a temperar a vaidade explícita mas nunca assumida dos palestrantes e "médiuns". A adoração a Francisco Cândido Xavier, um sujeito de sórdida trajetória - ele se ascendeu às custas de pastiches literários lançados para provocar sensacionalismo - mas depois promovido a um semi-deus e

Espiritismo, no Brasil, virou mero igrejismo

Tomando por base traduções deturpadas de Allan Kardec, nas quais se pode colocar o Codificador combatendo as suas ideias, os mistificadores do "espiritismo à brasileira" adotam um discurso raivoso, sempre desqualificando seus contestadores e evitando que a Lógica e a Razão sejam mantidos em sua integridade. Sob a desculpa de que "sem religião é impossível haver Espiritismo", esses mistificadores que transformaram o legado kardeciano num sub-Catolicismo, extremamente cafajeste nas suas concessões religiosas, claramente medievais, mas travestidas de "cientificismo equilibrado", tentam justificar a "vaticanização do Espiritismo" da seguinte forma: 1) Atribuem os vícios da "vaticanização" apenas a pregadores "espíritas" menores, de forma a criar uma peneira de escritores "espíritas" para evitar que novos autores ameaçassem as vendas dos medalhões. Dessa maneira, acusam-se os emergentes que atuam à margem dos medalh

Fora do Espiritismo não há salvação?

Uma das polêmicas questões que os "espíritas" brasileiros veem de maneira confusa é a de se não há salvação fora do Espiritismo. Evidentemente, Allan Kardec disse que sim, na hipótese de haver algo na Doutrina Espírita que entrasse em conflito com a Lógica e a Razão. Ele mesmo disse que, se houver algo errado nos ensinamentos espíritas cujo equívoco pode ser comprovado pela Ciência, que seja preferível ficar com esta última. E é justamente isso que os "espíritas" brasileiros se recusam, até com certa agressividade, a fazê-lo. A declaração de Kardec até foi parodiada pelo "médium" Francisco Cândido Xavier, em mensagem creditada a Emmanuel. Mas isso é uma declaração dotada da mais profunda hipocrisia, uma vez que o "espiritismo" brasileiro sempre combateu a Ciência, quando ela investe num senso crítico e investigativo mais apurado e que pusesse em risco os dogmas da "fé espírita". Chico Xavier até disse, certa vez, que ficaria inc

Supermacia da Fé desmascara Espiritismo feito no Brasil

É muito grave a divergência entre o Espiritismo original e o que se faz sobre seu nome no Brasil. A forma como são vistas a Fé e a Razão cria um sério conflito no qual não se pode mascarar com falácias como as que são pronunciadas pelo "espiritismo" brasileiro. De um lado, temos Allan Kardec enfatizando que nada pode ser examinado sem o critério da razão. Ele é sempre claro no fato de que, se alguma coisa escapa do critério da lógica e da razão, ela perde a validade e o sentido. O rigor da razão sempre foi o princípio do pensamento kardeciano, com base na ideia de que os seres humanos são dotados da capacidade de raciocinar, daí a liberdade do senso crítico. O contrário se observa nas ideias de Francisco Cândido Xavier. Contrário ao pensamento kardeciano, Chico Xavier defendia não o rigor da lógica e da razão, mas antes uma maior cautela e um limite em relação ao pensamento crítico, atribuindo os avanços do senso crítico ao suposto "tóxico do intelectualismo",

A pior divergência sob o rótulo do Espiritismo

ALHOS COM BUGALHOS, JOIO COM O TRIGO - É fácil misturar Allan Kardec com os deturpadores. No Brasil em que se recebe fake news  com uma comodidade ímpar, é fácil misturar o joio com o trigo, os alhos com bugalhos (não, não estamos falando do excelente youtuber  Henry Bugalho). É fácil fazer montagens de fotos misturando Allan Kardec e Jesus de Nazaré com imagens dos deturpadores da Doutrina Espírita e até alguns "espíritos" fictícios. Devemos chamar a atenção, portanto, da diferença entre Emmanuel e Joana de Angelis pois, se o espírito do jesuíta mostra indícios de ter sido evocado por Francisco Cândido Xavier, o mesmo, todavia, não ocorreu com Joana de Angelis, porque ela não foi Joana Angélica, mas antes um pseudônimo do obsessor de Divaldo Franco, o "Máscara de Ferro". Explicaremos isso mais tarde. O que vamos considerar, aqui, é a pior divergência que o chamado "espiritismo à brasileira" tem em relação ao Espiritismo francês e que derruba de vez

Onda dos "médiuns que erram" vai contra os ensinamentos de Allan Kardec

A onda dos "médiuns que erram" é uma falácia que leva ao exagero uma passagem de O Livro dos Médiuns , a respeito da ideia dos "médiuns imperfeitos" que a obra de Allan Kardec alertou, mas que é usada de maneira leviana pelos brasileiros que dizem apreciar o Espiritismo. Segue então o que foi dito no Capítulo 20 - Influência Moral dos Médiuns, itens 9 e 10: 9. Qual seria o médium que poderíamos considerar perfeito? — Perfeito? É pena, mas bem sabes que não há perfeição sobre a Terra. Se não fosse assim, não estarias nela. Digamos antes bom médium, e já é muito, pois são raros. O médium perfeito seria aquele que os maus Espíritos jamais ousassem fazer uma tentativa de enganar. O melhor é o que, simpatizando com os bons Espíritos, tem sido enganado menos vezes. 10. Se ele simpatiza apenas com os bons Espíritos, como estes permitem que seja enganado?  — Os Espíritos bons permitem que os melhores médiuns sejam às vezes enganados, para que exercitem o seu j

Cuidado com certos críticos da deturpação do Espiritismo

ALAMAR RÉGIS CARVALHO E DIVALDO FRANCO SÃO EXEMPLOS DE PRETENSOS DEFENSORES DA FIDELIDADE DOUTRINÁRIA ESPÍRITA. Devemos tomar muito cuidado não só com os falsos cristos e falsos profetas, pois há também os falsos erastos a fazer, de maneira tendenciosa, críticas à deturpação do Espiritismo, se passando por lobos em pele de cordeiro que fingem defender o rebanho ovino. Há muitos deturpadores do Espiritismo que chegam com esse discurso, o de "combater a mistificação" e "pregar a fidelidade doutrinária". Muitos oradores habilidosos, muitos articulistas de linguagem pretensamente simples e popular, todos eles fazendo falsos alertas sobre os "constantinos" e "torquemadas" que "se escondem na seara espírita" (sem perceberem, usam o termo "seara", um jargão próprio dos deturpadores doutrinários) para transformar a doutrina num "novo Vaticano". Quantos críticos de mentirinha surgem, uns tão grosseiramente definindo a

Esquerdas foram enganadas por "espíritas" pela ideia de "vida futura"

Na breve primavera progressista dos governos do Partido dos Trabalhadores, entre 2003 e 2016, as forças progressistas de esquerda se deixaram iludir por fenômenos e movimentos conservadores, sobretudo no âmbito cultural, religioso e lúdico. A visão esquerdista ainda estava muito presa no âmbito político e econômico, que conduzia as atividades sindicais, e o âmbito midiático-jornalístico, que conduzia as análises acadêmicas e dos próprios cronistas da imprensa esquerdista. Ninguém poderia imaginar que fenômenos "extremamente populares", em tese vinculados ao cotidiano do povo pobre, podem representar interesses tão fortemente conservadores, caraterísticos da direita brasileira. Só recentemente se soube que um dos veículos que mais divulgaram essa "cultura demasiado popular", o SBT de Sílvio Santos, tornou-se também o mais entusiasmado reduto do bolsonarismo, ideologia de extrema-direita representada pelo hoje presidente Jair Bolsonaro. "Funk" e &quo

A perigosa fascinação obsessiva dos brasileiros por Chico Xavier

Há o que analisar sobre por que uma considerável maioria de brasileiros sente uma fascinação obsessiva por Francisco Cândido Xavier. O conhecido Chico Xavier não apresenta qualidades excepcionais que possam merecer tamanha adoração e mesmo a forma dissimulada de "adoração saudável a uma pessoa imperfeita" não resolve os problemas apresentados. Assumida ou não, essa idolatria é bastante perigosa. Envolve sentimentos mórbidos, apelos emocionais profundos, porém bastante perigosos, uma adoração que se demonstra tóxica, apesar de respaldada por aparentes apelos associados às virtudes humanas. A situação é tão grave que Chico Xavier, que na prática teve um passado arrivista - assim como o presidente Jair Bolsonaro, o "médium" se ascendeu em episódios de muita confusão - , é um deturpador do Espiritismo que disse ter seguido e cuja suposta psicografia apresenta graves irregularidades, com provas consistentes, é blindado em tudo quanto é situação. Ultraconservador, C

"Moralismo espírita" adota padrão precário de vida humana

Você já ouviu falar das pregações moralistas do "movimento espírita". A ideia de "não querer muito" e as tarefas mais restritas, ligadas ao Assistencialismo, como se isso fosse tudo na vida humana, embora longe da natureza dinâmica da vida material. É por isso que o "espiritismo" brasileiro adota uma visão simplória e precária de reencarnação. Os indivíduos são recomendados a basicamente serem cozinheiros de refeitórios, enfermeiros, trabalhadores braçais, professores (dentro de padrões anódinos aceitos por modelos como a Escola Sem Partido). A "vida material" padrão do "espiritismo" brasileiro se assemelha a uma zona rural. Lá só existem hospitais, refeitórios, escolas. O entretenimento mal varia entre uma praça e um parquinho para crianças. A alegria, meramente o de olhar o céu, ver a paisagem e ouvir os passarinhos cantarem. Tudo parece maravilhoso, mas revela a falta de visão dos "espíritas" que fazem seu julgamento

Dado estranho: Chico Xavier esteve "inativo" entre 1933 e 1934

Um dado muito estranho envolve a produtiva "psicografia" de Francisco Cândido Xavier. É que, entre Parnaso de Além-Túmulo , o primeiro livro, lançado em 1932, houve um hiato de dois anos até chegar ao livro Cartas de Uma Morta , atribuído à sua mãe, Maria João de Deus, lançado em 1935. São dois anos sem lançar um livro, depois do impacto da primeira publicação, um embuste literário que apresenta falhas estilísticas graves, e que, em que pesem as aparentes semelhanças aos estilos originais dos supostos autores espirituais, apresentam também diferenças comprometedoras. Não se vai comparar esse hiato com aquele que Jesus Cristo havia deixado em parte de sua juventude, porque este período foi o de formação intelectual do ativista da Judeia, algo que ainda é um mistério a ser revelado através de pesquisas por arqueólogos e historiadores, mas que sugere ter sido um período de muito estudo por parte do famoso humanista. Chico Xavier não viveu esse hiato para "estudar me

O "espiritismo à brasileira" empurrou problemas com a barriga. Mas eles voltam

O "espiritismo" brasileiro sofre uma grave crise por suas más escolhas. Desde que preferiu a aventura do roustanguismo, o "movimento espírita" sofre as consequências drásticas e tenta se livrar dos problemas empurrando com a barriga, "expulsando" aqueles que, tanto do lado da deturpação quanto das bases doutrinárias, atrapalhariam o interesse da religião brasileira. São várias situações escandalosas que fizeram os dirigentes do "espiritismo à brasileira" driblarem a situação e usarem artifícios que resultaram na religião insossa que é hoje: um roustanguismo sem J. B. Roustaing um "kardecismo" altamente igrejista, um "espiritismo" supostamente autêntico em que se permite a erosão doutrinária - quando temáticas espíritas são deixadas de lado em nome de assuntos banais de moralismo familiar - em nome da "caridade". Roustaing foi o primeiro a ser jogado debaixo do tapete. Defendido com entusiasmo nos primórdios do

Medo de adultos e idosos de investigações sobre Espiritismo se nivela a teimosia infantil

As pessoas ainda têm muito medo. Os textos que mostram irregularidades graves sobre Francisco Cândido Xavier - que poucos reconhecem como um gravíssimo deturpador da causa espírita e o primeiro a investir na "vaticanização do Espiritismo" - estão entre os menos lidos na Internet. Com medo de ver ruir a imagem fantasiosa de Chico Xavier, construída por uma engenhosa campanha midiática iniciada durante a ditadura militar, as pessoas correm de medo dos textos reveladores. Mas essas pessoas também não leem os próprios livros de Chico Xavier, e preferem ficar na adoração movida pela leitura dos memes nas redes sociais e na apreciação de filmes e documentários chapas-brancas sobre o "médium". Essa situação revela um grande surrealismo. Na verdade, Chico Xavier nem de longe é a figura adorável que muitos imaginam. Para piorar, ele também não é aquele "médium que cometeu errinhos de nada". Sua trajetória envolve episódios arrepiantes, nos quais ele mesmo pro